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Automedicação mata 20 mil por ano

 

Automedicação mata 20 mil por ano

Uma indicação feita por um amigo, por uma tia ou até mesmo pelo balconista da farmácia mais próxima. Embora seja comum, tomar remédio por conta própria é um risco à saúde. Todos os anos, cerca de 20 mil pessoas morrem no Brasil vítimas de automedicação, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma). Na maioria das vezes, o problema está relacionado a intoxicação e reações de hipersensibilidade, como alergia aos medicamentos.

“Infelizmente é uma questão cultural. As pessoas têm mania de se automedicar e encontram nas farmácias o ambiente propício para isso”, diz Altamiro José dos Santos, presidente do Conselho Regional de Farmácia, referindo-se à venda de medicação sem prescrição médica. “Muitos balconistas recebem por comissão, por isso acabam empurrando qualquer remédio”, completa.

A legislação que regulamenta o funcionamento das farmácias no país é específica para cada estado brasileiro. Na Bahia, por exemplo, os farmacêuticos não são obrigados a permanecer em tempo integral no estabelecimento. “Por isso há tantos balconistas no atendimento à população. É uma deficiência na legislação”, avalia Clóvis Régis, presidente do Grupo para Desenvolvimento da Atenção Farmacêutica (GDAF),

De acordo com o GDAF, 61% dos pacientes que vão às farmácias apresentam de um a seis problemas relacionados ao uso de remédios sem acompanhamento médico ostensivo. “Em muitos casos, o tratamento acaba sendo ineficiente ou contribuindo para um efeito adverso”, conta Régis. Inchaço, formação de edemas e alergias são as ocorrências mais comuns, segundo o GDAF.

Até mesmo os medicamentos de livre circulação, ou seja, aqueles que podem ser vendidos sem receita médica, não devem ser utilizados de forma indiscriminada pela população. O fato de se poder adquirir um medicamento sem prescrição não permite o uso por indicação própria, na dose escolhida pelo paciente e na hora que ele achar conveniente. “Nem uma vitamina deve ser consumida sem acompanhamento médico”, alerta Santos.

 

 

Fonte: atarde.com.br

 

 

 

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