Coreia do Norte
condena jornalistas dos EUA
SEUL (Reuters) - Ameaçada por
sanções da ONU devido ao teste nuclear do mês passado, a Coreia do
Norte aumentou nesta segunda-feira sua confrontação com os EUA ao
condenar duas jornalistas norte-americanas a 12 anos de trabalhos
forçados.
A secretária norte-americana de
Estado, Hillary Clinton, disse no domingo antes mesma da sentença
que Washington cogitava colocar novamente o regime comunista em sua
lista de Estados que patrocinam o terrorismo.
As jornalistas Euna Lee e Laura Ling,
do canal norte-americano Current TV, foram detidas em março, quando
faziam uma reportagem na fronteira entre China e Coreia do Norte.
O julgamento das duas, que havia
começado na quinta-feira, confirmou o "grave crime" cometido por
elas ao cruzar a fronteira ilegalmente. A sentença de 12 anos de
trabalhos forçados foi anunciada num breve despacho da agência
estatal de notícias KCNA.
A dura condenação deve afetar ainda
mais as relações entre EUA e Coreia do Norte. Washington há anos
tenta convencer o regime norte-coreano a abandonar seu programa de
armas nucleares.
O presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, disse estar "profundamente preocupado" com a
condenação das duas jornalistas.
"Estamos engajados por todos os
canais possíveis" em assegurar a libertação das jornalistas, disse o
porta-voz da Casa Branca Bill Burton em comunicado nesta
segunda-feira.
Hillary Clinton também fez um apelo,
dizendo que as acusações contra as rés eram infundadas.
"(Pyongyang) está usando a sentença
como isca para arrancar concessões dos EUA em meio à tensão
elevada", disse Lee Dong-bok, pesquisador da entidade CSIS em Seul,
e especialistas nas táticas norte-coreanas de negociação.
O mercado sul-coreano não se abalou
com as sentenças, já esperadas. Um agente do mercado cambial disse
que será mais importante para o mercado local avaliar a reação dos
EUA. Analistas dizem que só um grave confronto militar no mar ou na
fronteira poderia afetar gravemente os mercados globais.
O regime comunista já ameaçou
retaliar com "medidas extremas" caso receba punições adicionais
pelos testes nucleares de maio, qualificados no fim de semana como
"extremamente provocativos" por Obama.
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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