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O iBird para iPhone no Brasil

 

O iBird para iPhone no Brasil

Mitchell Waite pôde pensar em apenas uma razão para, em fevereiro, o departamento jurídico da Apple deixar-lhe uma mensagem de voz pedindo que ligasse de volta: ele estava prestes a ser processado. Waite tem uma pequena companhia de software com seu nome - sem funcionários em tempo integral - cujo produto principal é um guia de campo chamado iBird Explorer, que funciona no iPhone e no iPod Touch. Ele retornou a ligação e descobriu que sua vida mudaria em escala semelhante a um aviso de que havia ganhado o grande prêmio da loteria: a Apple havia decidido apresentar o iBird em um comercial de televisão.

O iBird foi um dos três aplicativos que estiveram na chamada e, embora aparecendo por apenas cerca de sete segundos, foi tudo que precisava para se tornar o aplicativo "referência" número 1 da App Store do iPhone, uma estrela do software entre as mais de 35 mil aplicações que lotam a prateleira da loja virtual. O iBird Explorer é oferecido em diferentes versões, variando entre US$ 4,99 e US$ 29,99, ou cerca de R$ 10 e R$ 60, respectivamente.

"A Apple me pagou US$ 10 milhões para mostrar meu aplicativo nos maiores canais, nos maiores programas de televisão - não, sequer consigo colocar um número nisso", disse Waite. É uma história deliciosa, não apenas por não envolver um processo, mas também por não envolver custos de propaganda. A Apple não aceita dinheiro de companhias cujos produtos são apresentados em seus comerciais ou no outro lugar de destaque, a seção 'Featured' da App Store.

Isso gerou aplausos para a Apple por parte de desenvolvedores de software e apoiadores. "A Apple não quer o dinheiro. É um jogo equilibrado", disse Matt Murphy, investidor de risco da Kleiner Perkins Caufield & Byers. Se a Apple gostar do aplicativo, continuou, "não importa se ele veio de uma companhia individual ou com 10 mil pessoas; eles vão colocar nos destaques 'New' ou 'What's Hot'.

O acesso a esse jogo equilibrado exige US$ 99 anuais, o custo para se integrar ao programa de desenvolvedores do iPhone. Um aplicativo finalizado precisa obter a aprovação da Apple antes de ser posto à venda na App Store. Isso costuma ser um processo demorado e enfurece muitos desenvolvedores. Mas a pior acusação contra a Apple tem sido sua opacidade enlouquecedora, não discriminação.

A Apple fica com 30% nas vendas da App Store, uma fatia pequena em comparação ao exigido por outras lojas online no passado. As que distribuíam software para o Palm Pilot, por exemplo, requisitavam uma parcela de 50% a 70% nas vendas, de acordo com Jeff Scott, fundador do 148Apps.com, website que oferece reviews completos de aplicativos do iPhone.

A Apple também dinamiza a compra e o download. O aplicativo é transferido da loja para o aparelho iPhone e está pronto para rodar em poucos segundos. O próprio apelo da App Store, que atrai tantos desenvolvedores, vem intensificando um problema perenemente complicado: como um novo título de software pode chamar a atenção de prováveis consumidores? "Por 99 paus por ano, a Apple lhe dá a habilidade de vender software para milhões", disse Scott. "Eles solucionaram o problema de distribuição, mas não o problema de marketing para os desenvolvedores."

O site de Scott, 148Apps.com, oferece uma solução parcial, mas seus reviews cobrem apenas centenas de programas, não dezenas de milhares. A Apple pode dar destaque a apenas alguns aplicativos, afinal, destacar todos significaria não dar destaque a nenhum. Os sem-destaque ficam encalhados na multidão, colocados em uma das 20 categorias.

Apenas cinco aplicativos podem ser mostrados ao mesmo tempo na tela pequena do telefone. A menos que um programa coloque o aplicativo em um tipo de lista de mais vendidos, organizando-o entre os cinco visíveis na primeira tela, o navegante casual provavelmente não o verá. E com o crescimento do número de aplicativos, torna-se difícil mesmo alcançar o top 100 de alguma categoria.

Neil Young, CEO da Ngmoco, que faz jogos para iPhone, disse que sua companhia acompanhou de perto o que aconteceu com os cinco mil títulos adicionados após a App Store ter ultrapassado a barreira dos 25 mil títulos. "Só 40 dos cinco mil chegaram ao top 100", disse Young. "É muito difícil um aplicativo ficar acima do ruído." Ele credita o sucesso dos títulos da companhia às recomendações dos entusiastas de jogos, que os sugerem aos amigos.

Em abril, a Apple comemorou um bilhão de downloads na App Store em apenas nove meses. Apesar de todo o sucesso da loja, a Apple ainda prefere usar softwares de terceiros para vender seu hardware. Waite contou o que um contato na Apple havia lhe dito: "Escolhemos aplicativos não por seu desempenho nas vendas - selecionamos aqueles que vão vender mais iPhones e iPod Touches por exibirem seus melhores recursos ou por serem algo que não se pode conseguir em nenhum outro lugar".

O iBird de Waite se encaixa em tal perfil, pois transforma o iPhone em um guia de campo portátil repleto de cantos de ave, os quais um guia impresso não pode fornecer. Dezenas de milhares de desenvolvedores para iPhone jamais vão receber a chamada transformadora de vidas da Apple e nunca estarão à vista na lista dos top 5.

"De diversas maneiras, desenvolver um programa é como escrever um livro", disse Jeffrey Tarter, editor e fundador do Softletter, um informativo para desenvolvedores. "Você primeiro se preocupa em fazer algo de que todos gostem. Só depois se preocupa em como ganhar dinheiro."

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Fonte: tecnologia.terra.com.br

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